Relato de um ex Straight Edge

24 de Novembro de 2009

Primeiramente quero deixar claro que minha intenção não é mudar a opinião de alguém, ou atacar um determinado grupo, então, se essa for a impressão, me perdoem.

O fato é o seguinte, eu não sou um straight edge. Por que?

Optei por não seguir qualquer tipo de ideologia danosa a minha fé e tudo que acredito e se movimento SxE, assim como qualquer outro movimento ideológico, e sua forma de atuação (por muitas horas quase uma religião) me impede de ser aquilo que o pai quer que eu seja, e me impede de ter em mim algo dele, tenho isso como perda, para o conhecimento daquele que me enviou.

Todo movimento tem uma ascenção, um crescimento, alguns rápidos, ou mais demorados, uns duram, outros não, e isso não foi diferente com o SxE, que cresceu, se misturou, perdeu certos preceitos, adicionou alguns, se alterou, se expandiu, assim, trazendo muitas coisas novas boas, coisas ruins, mas que está (creio eu) em ascensão, não estou aqui para analisar o que o SxE se tornou, muito menos para defender-me ou defende-lo, até porque entendo as conseqüências de minhas atitudes em relação ao sxe, comentários como “poser” ,“modinha”,”falso” não vai mudar muita coisa mesmo, haha. Na verdade, o SxE foi algo legal, no qual eu aprendi muitas coisas sobre honra, respeito, coragem e eu não cuspo nisso, não condeno o movimento e sua cultura, é algo sim, que vale a pena lutar, porém, passageiro.

Todas as idéias, projetos, trabalhos, militâncias, gritos, lutas, no aspecto humano, vão passar, a televisão, mídia, roupas, som, um dia vão passar. O mundo é passageiro, e as coisas que estão nele também são, então, deixo o movimento para me ligar naquilo que é eterno, naquilo que vai perdurar para a eternidade, para que eu seja achado em comunhão com o Pai verdadeiro, não tendo a minha justiça, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé, para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte, para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. (Fl 3:9-11). Então desisto de militar a favor de algo que não seja a cruz, por amor a Jesus.

Como disse o Pr. Marcos Siqueira:
“Todas as ideologias que valem a pena serem defendidas tenho como perda para concentrar-me na única militância que é eterna e capaz de transformar o homem, a sociedade e minha vida: a cruz de Cristo.”

Eu ainda vivo o estilo radical e consciente aos problemas sociais, ambientais e econômicos que afetam a todos nós, assim travando dia a dia minha luta contra a desigualdade em prol de um mundo mais justo, humano e limpo. Porém, sem rótulo, livre de ideologias, morto para a militância, vivo para o Cristo.

"Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, "
Fp.3:7-8

1 comentários:

Pr. Anderson disse...

é isso!
fico feliz por suas palavras irmão!
paz

gostei do blog

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